Renato de Almeida apresenta panorama técnico sobre uso estratégico de microrganismos na nutrição de peixes e camarões durante o IFC Amazônia.
Camila Santos, de Belém (PA) / camila@dc7comunica.com.br
Marcelo Macaus, da Redação / jornalistamacaus@gmail.com
O uso estratégico de probióticos na aquicultura foi o tema da apresentação conduzida por Renato de Almeida, gerente de produtos de Aquicultura da IMEV, durante o International Fish Congress & Fish Expo Amazônia (IFC Amazônia), realizado em Belém (PA). Com base em dados científicos e históricos, o especialista abordou os avanços do uso de microrganismos benéficos, especialmente na nutrição de organismos aquáticos, destacando impactos fisiológicos, sanitários e ambientais.
Em sua fala, Renato traçou uma linha do tempo sobre o desenvolvimento dos probióticos, desde os primeiros registros no século XIX com o consumo de leite fermentado, até sua aplicação na aquicultura a partir da década de 1980. Ele explicou que, além do uso como biorremediadores — com efeitos positivos sobre a qualidade da água e redução de matéria orgânica — os probióticos se tornaram importantes aditivos nutricionais, contribuindo para a digestibilidade, integridade intestinal e resposta imunológica dos animais. “Probióticos produzem metabólitos como o butirato, que influenciam diretamente na absorção de nutrientes e na saúde intestinal”, reforça.
Entre os exemplos técnicos, foram apresentados estudos sobre o impacto do uso de cepas específicas em tilápias e catfish, evidenciando ganhos de peso, aumento da área de absorção e redução do fator de conversão alimentar. Além disso, o palestrante detalhou experimentos com cepas patogênicas de Vibrio parahaemolyticus, demonstrando como diferentes probióticos apresentam ação bactericida e modulam o sistema imunológico de peixes e camarões.
“A ação imunomoduladora é clara: animais que receberam dieta com probiótico responderam melhor ao desafio com Aeromonas hydrophila, tanto na ativação de macrófagos quanto no sistema complemento e nos níveis de cortisol”, afirma.
Palestrante detalha experimentos com cepas patogênicas de Vibrio parahaemolyticus, demonstrando como diferentes probióticos apresentam ação bactericida e modulam o sistema imunológico de peixes e camarões. (Foto: Camila Santos)
Renato também fez um alerta sobre a necessidade de selecionar adequadamente as cepas utilizadas, com base em sua capacidade enzimática e resistência frente a bactérias patogênicas. Ele enfatizou o papel dos probióticos na sustentabilidade da aquicultura, ao reduzir a liberação de nutrientes como carbono, fósforo e nitrogênio no ambiente. “O mesmo alimento que promove o crescimento dos animais também contribui para a contaminação do sistema. O probiótico aparece como uma ferramenta para mitigar esses impactos”, finaliza.
A cobertura completa do IFC Amazônia pode ser acompanhada no portal FeedFood, que traz os principais destaques do evento.
Matéria original Portal Feed Food, acesse aqui.
É a IMEVE potencializado a saúde e o bem-estar animal.
Entre em contato com um dos nossos especialistas.
Ligue 16-3209-7700 ou clique aqui. Nossa equipe vai te orientar!
Siga a IMEVE nas redes sociais: Facebook, Instagram e LinkedIn.
Se inscreva em nosso canal no Youtube.